Mais sobre árvores

on quarta-feira, 30 de abril de 2008


ÁRVORE-MÃE

A imagem da Árvore-Mãe, freqüente em inúmeras culturas, tem significado duplo. Em primeiro nível simboliza a Mãe Terra, princípio feminino que alimenta a vida; em nível mais profundo, representa a energia vital e invisível que repousa no seio da Terra e é fecundada pela energia masculina do vento, da chuva e do Sol. Na pré-história as árvores eram adoradas como divindades e algumas vezes consideradas a personificação de poderes naturais malignos como os trovões, os raios e as tempestades. Se apaziguadas pela adoração, as árvores divinas garantiriam fertilidade aos homens e aos animais, abundância nas colheitas, sucesso no comércio e nas guerras. Com o crescimento do Cristianismo, os ritos de adoração diminuíram. As árvores passaram a ser utilizadas como um suprimento na alimentação, como combustível, na construção de cidades e de embarcações, na fabricação de implementos agrícolas, e matéria-prima para suprir as necessidades diárias. A partir do início deste século, algumas espécies de árvores começaram a desaparecer. Apesar da existência de leis de proteção ambiental, ainda não foi possível impedir a redução das espécies florestais no mundo inteiro. Hoje sabemos o quanto é necessário preservar os ecossistemas naturais e começar a recuperar os já desfeitos. Mas ainda não podemos nos alegrar: a luta para manter o equilíbrio ambiental é incessante. O que a árvore faz à mãe-natureza, a sua importância no equilíbrio da vida e do planeta ainda não está na consciência de todos os cidadãos. Infelizmente. É preciso que essa consciência seja adquirida sem o sacrifício de enfrentarmos num futuro próximo a completa desertificação do mundo. Mas é preciso que façamos todos os dias um pouco. E que fiquemos ao lado dela (a árvore) e lutemos por sua preservação, de todas as formas possíveis. E que façamos nascer novas árvores, ajudando-as a crescer. Com isso estamos fazendo um grande auxílio ao mundo, a nós mesmos e às futuras gerações. Façamos festas à Primavera e meditemos firmemente que a ÁRVORE é essencial à vida e que é dela que os seres que habitam a Terra tiram o alimento, a morada, as substâncias químicas, a proteção dos mananciais, a preservação do solo e a sombra.


ÁRVORE DA VIDA

Vivia no Jardim do Éden, tinha por seiva o orvalho celeste e simbolizava a harmonia perfeita. Trazia em seus galhos doze frutos como representação das recompensas do desenvolvimento espiritual, entre as quais a sabedoria, o amor, a verdade e a beleza. Defendidos com cuidado, esses frutos eram as manifestações do Sol e conferiam imortalidade àqueles que os consumissem.

ÁRVORE-PAI

Potente símbolo da fecundidade, essa árvore representa a energia masculina que impregna e vivifica a Terra, submetida ao ciclo eterno da morte e do renascimento. Algumas vezes chamada de Homem-Verde, esta figura é relativamente freqüente nas culturas ocidentais, onde assume múltiplas aparências, como Pan, o deus grego.

ÁRVORE DO CONHECIMENTO

No Jardim do Éden a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal era um símbolo da dualidade. Depois de sucumbir à tentação de comer o fruto da árvore, Adão e Eva foram rechaçados por Deus e expulsos do Paraíso. A serpente, enrolada ao redor do seu tronco, e que representa a Tentação, também é um símbolo muito antigo da energia vital.(Edgard Rocha Filho é advogado e ambientalista).

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